sábado, 21 de maio de 2011

SARAU DE MAIO/2011 - Convite

Convidamos a todos para o nosso Sarau que se realizará em 28/maio, a partir das 18 horas. Desta vez contaremos com a presença do poeta GLAUCO MATTOSO, que nos falará sobre “A REVOLUÇÃO DO SONETO”, além de apresentações de música, teatro e mais poesia.


Conheça um pouco de nosso convidado especial:

Glauco Mattoso é poeta, ficcionista, ensaista e articulista em diversas mídias.

Pseudônimo de Pedro José Ferreira da Silva (paulistano de 1951), o nome artístico trocadilha com "glaucomatoso" (portador de glaucoma, doença congênita que lhe acarretou perda progressiva da visão, até a cegueira total em 1995), além de aludir a Gregório de Matos, de quem é herdeiro na sátira política e na crítica de costumes.



Segundo Pedro Ulysses Campos, "A poesia de Glauco Mattoso pode ser dividida, cronologica e formalmente, em duas fases distintas:


A primeira seria chamada de FASE VISUAL, enquanto o poeta praticava um experimentalismo paródico de diversas tendências contemporâneas, desde o modernismo até o underground, passando, principalmente, pelo concretismo, o que privilegiava o aspecto gráfico do poema.


A segunda fase seria chamada de FASE CEGA, quando o autor, já privado da visão,abandona os processos artesanais, tais como o concretismo dactilográfico, e passa a compor sonetos e glosas, onde o rigor da métrica, da rima e do ritmo funciona como alicerce mnemônico para uma releitura dos velhos temas mattosianos (a fealdade, a sujidade, a maldade, o vício, o trauma, o estigma), reaproveitando técnicas barrocas e concretistas (paronomásia, aliteração, eufonia e cacofonia dos ecos verbais) de mistura com o calão e o coloquialismo que sempre caracterizaram o estilo híbrido do autor.


A fase visual vai da década de 1970 até o final dos anos 1980; a fase cega abre-se em 1999, com a publicação dos primeiros livros de sonetos."




Livros
  • Apocrypho Apocalypse (1975) - coletânea com outros poetas
  • Maus Modos do Verbo (1976) - coletânea com outros poetas
  • Jornal Dobrabil: 1977/1981 (1981)
  • Memórias de um Pueteiro (1982)
  • Línguas na Papa (1982)
  • Rockabillyrics (1988)
  • Limeiriques & Outros Debiques Glauquianos (1989)
  • Haicais Paulistanos (1992)
  • Galeria Alegria (2002)
  • O Glosador Motejoso (2003)
  • Animalesca Escolha (2004)
  • Pegadas Noturnas: Dissonetos Barrockistas (2004)
  • Poética na Política (2004)
  • Poesia Digesta: 1974-2004
  • Contos Hediondos (2009)

Projeto Poético "1000 Sonetos em Cinco Anos"
  • Centopéia: Sonetos Nojentos & Quejandos (1999)
  • Paulisséia Ilhada: Sonetos Tópicos (1999)
  • Geléia de Rococó: Sonetos Barrocos (1999)
  • Panacéia: Sonetos Colaterais (2000)
  • Contos Familiares: Sonetos Requentados (2003)
  • Cara e Coroa, Carinho e Carão (2004)
  • Sonetário Sanitário (2003)
  • As Mil e Uma Línguas (2003)
  • Cavalo Dado: Sonetos cariados (2004)

 

Referências


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