Conheça um pouco de nosso convidado especial:
Glauco Mattoso é poeta, ficcionista, ensaista e articulista em diversas mídias.
Pseudônimo de Pedro José Ferreira da Silva (paulistano de 1951), o nome artístico trocadilha com "glaucomatoso" (portador de glaucoma, doença congênita que lhe acarretou perda progressiva da visão, até a cegueira total em 1995), além de aludir a Gregório de Matos, de quem é herdeiro na sátira política e na crítica de costumes.
Segundo Pedro Ulysses Campos, "A poesia de Glauco Mattoso pode ser dividida, cronologica e formalmente, em duas fases distintas:
A primeira seria chamada de FASE VISUAL, enquanto o poeta praticava um experimentalismo paródico de diversas tendências contemporâneas, desde o modernismo até o underground, passando, principalmente, pelo concretismo, o que privilegiava o aspecto gráfico do poema.
A segunda fase seria chamada de FASE CEGA, quando o autor, já privado da visão,abandona os processos artesanais, tais como o concretismo dactilográfico, e passa a compor sonetos e glosas, onde o rigor da métrica, da rima e do ritmo funciona como alicerce mnemônico para uma releitura dos velhos temas mattosianos (a fealdade, a sujidade, a maldade, o vício, o trauma, o estigma), reaproveitando técnicas barrocas e concretistas (paronomásia, aliteração, eufonia e cacofonia dos ecos verbais) de mistura com o calão e o coloquialismo que sempre caracterizaram o estilo híbrido do autor.
A fase visual vai da década de 1970 até o final dos anos 1980; a fase cega abre-se em 1999, com a publicação dos primeiros livros de sonetos."
A primeira seria chamada de FASE VISUAL, enquanto o poeta praticava um experimentalismo paródico de diversas tendências contemporâneas, desde o modernismo até o underground, passando, principalmente, pelo concretismo, o que privilegiava o aspecto gráfico do poema.
A segunda fase seria chamada de FASE CEGA, quando o autor, já privado da visão,abandona os processos artesanais, tais como o concretismo dactilográfico, e passa a compor sonetos e glosas, onde o rigor da métrica, da rima e do ritmo funciona como alicerce mnemônico para uma releitura dos velhos temas mattosianos (a fealdade, a sujidade, a maldade, o vício, o trauma, o estigma), reaproveitando técnicas barrocas e concretistas (paronomásia, aliteração, eufonia e cacofonia dos ecos verbais) de mistura com o calão e o coloquialismo que sempre caracterizaram o estilo híbrido do autor.
A fase visual vai da década de 1970 até o final dos anos 1980; a fase cega abre-se em 1999, com a publicação dos primeiros livros de sonetos."
Livros
- Apocrypho Apocalypse (1975) - coletânea com outros poetas
- Maus Modos do Verbo (1976) - coletânea com outros poetas
- Jornal Dobrabil: 1977/1981 (1981)
- Memórias de um Pueteiro (1982)
- Línguas na Papa (1982)
- Rockabillyrics (1988)
- Limeiriques & Outros Debiques Glauquianos (1989)
- Haicais Paulistanos (1992)
- Galeria Alegria (2002)
- O Glosador Motejoso (2003)
- Animalesca Escolha (2004)
- Pegadas Noturnas: Dissonetos Barrockistas (2004)
- Poética na Política (2004)
- Poesia Digesta: 1974-2004
- Contos Hediondos (2009)
Projeto Poético "1000 Sonetos em Cinco Anos"
- Centopéia: Sonetos Nojentos & Quejandos (1999)
- Paulisséia Ilhada: Sonetos Tópicos (1999)
- Geléia de Rococó: Sonetos Barrocos (1999)
- Panacéia: Sonetos Colaterais (2000)
- Contos Familiares: Sonetos Requentados (2003)
- Cara e Coroa, Carinho e Carão (2004)
- Sonetário Sanitário (2003)
- As Mil e Uma Línguas (2003)
- Cavalo Dado: Sonetos cariados (2004)
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